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Tecnologia de ponta a serviço do SUS: Ana Nery adquire nova mesa e arco cirúrgico que garantem mais segurança ao paciente

Com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), o Ana Nery adquiriu recentemente um arco cirúrgico, ferramenta de imagem que utiliza tecnologia de ponta para tornar as cirurgias feitas na unidade ainda mais seguras, além de uma moderna mesa cirúrgica.

Nos primórdios das cirurgias, o médico precisava fazer grandes cortes no corpo do paciente, para conseguir visualizar o que acontecia no seu interior. Graças a equipamentos de imagem que foram sendo desenvolvidos, isso não é mais necessário. O arco cirúrgico é um desses equipamentos.

O arco cirúrgico facilita o trabalho da equipe médica durante as cirurgias, proporcionando uma maior visibilidade do médico e, consequentemente, garantindo ao profissional mais controle do que acontece no organismo do paciente. O equipamento tornou as cirurgias menos invasivas, diminuindo consideravelmente os riscos de erro e o tempo de recuperação do paciente.

Além disso, o equipamento permite ao cirurgião uma visualização dinâmica e em tempo real de todas as estruturas internas do corpo do paciente, reduzindo o tamanho de cortes e permitindo movimentos mais precisos.

Os arcos cirúrgicos apresentam um design semicircular, em forma de arco em C. Em uma das pontas fica a fonte emissora de raios X (o tubo e o gerador), enquanto na outra está localizado o detector de raios X.

Esse design de arco em C é especialmente projetado para uso cirúrgico, já que o formato permite que ele seja posicionado de diferentes maneiras durante o procedimento, facilitando a captação das imagens, sem atrapalhar a movimentação médica. Por isso, o arco cirúrgico é muito utilizado em cirurgias cardíacas e vasculares.

A incorporação do arco cirúrgico nos procedimentos representou uma grande evolução para a execução eficiente das cirurgias e para a segurança do paciente, se tornando de extrema relevância para unidades de saúde que realizam cirurgias.

Já a mesa cirúrgica adquirida pelo Ana Nery se destaca por várias características, como a capacidade de mobilidade

Segundo o cirurgião vascular, Dr. André Brito, a mesa possibilita que o profissional faça praticamente todos os movimentos necessários durante cirurgia, como de lateralidade, proclive, declive, subida e descida.

“Mas a principal vantagem é que um segmento dela é radio-transparente, ou seja, não tem interferência com o raio-x do arco cirúrgico. Mais da metade da mesa não tem nenhum material metálico, o que impede essa interferência da mesa com o arco cirúrgico, que usualmente acontece nas mesas cirúrgicas tradicionais. Esse conjunto do arco cirúrgico com essa mesa é fundamental para a gente ter uma qualidade de imagem operatória maior”, afirma o médico.

Para Dra. Fernanda Martin, diretora técnica do Ana Nery, a aquisição do arco cirúrgico e da mesa é um marco para o hospital.

“Vamos conseguir, com maior segurança, atender a mais pacientes, porque vamos reduzir o tempo cirúrgico. Desta forma, a população terá uma melhor assistência, principalmente para procedimentos cirúrgicos complexos”, destaca.

Os novos equipamentos adquiridos pelo Ana Nery serão montados já na próxima semana, quando começarão a ser utilizados.

Projeto Piloto do Ana Nery reduz em 22% o tempo para liberação de salas cirúrgicas

O Ana Nery desenvolveu um Projeto Piloto de Giro de Sala, implementado nos Centros Cirúrgicos 1 e 2, que permitiu que o tempo de liberação de uma sala, após procedimento, caísse de 66 minutos para 51 minutos.

O Centro Cirúrgico é uma das áreas mais rentáveis do sistema hospitalar, sendo imprescindível a otimização dos processos e máximo aproveitamento das áreas. Por isso, é extremamente importante mensurar e avaliar as atividades desenvolvidas neste setor, afim de otimizar os processos, alcançando a máxima qualidade e utilização dos recursos.

No projeto Piloto de Giro de Sala, a equipe de Engenharia Clínica do Ana Nery, junto com a equipe assistencial, mapeou os processos realizados entre uma cirurgia e outra, e iniciou o desenvolvimento de uma ficha para monitoramento.

Com a ajuda da equipe de Biomedicina, foi possível realizar o registro de início e fim de cada uma das seis etapas que compreendem todas as fases para liberação da sala cirúrgica, após um procedimento. Foram identificados os seguintes processos:

  1. CONTAGEM DOS INSTRUMENTIAS SUJOS;
  2. DEVOLUÇÃO DE MATERIAL À FARMÁCIA;
  3. HIGIENIZAÇÃO;
  4. TEMPO DE SECAGEM;
  5. DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS;
  6. ABERTURA DOS MATERIAIS;

Entre os dias 25/03/2022 e 06/04/2022, antes das mudanças implementadas pelo projeto serem aplicadas, os procedimentos foram monitorados, ficando constatado um tempo médio de 66 minutos para liberação da sala cirúrgica. A análise dos resultados mostrou que alguns processos poderiam ser otimizados, a partir do reforço e orientação das equipes de distribuição dos materiais e higienização.

Após a aplicação das mudanças, foi realizado um novo mapeamento entre os dias 13/04/2022 e 29/04/2022, que mostrou que o tempo médio de liberação da sala cirúrgica havia diminuído para 51 minutos, o que significa uma queda de 22,75% do tempo.

Dos seis processos analisados, cinco tiveram seu tempo médio reduzido, enquanto a higienização alcançou o tempo alvo de 15 minutos. [Veja gráfico abaixo]

A equipe segue agora com desafio de continuar a otimização dos processos, a fim de alcançar a máxima produtividade e atender nossos pacientes com qualidade e eficiência.

Heart Team do Ana Nery discute casos complexos de pacientes; confira

Foi realizada na manhã desta terça-feira, 3 de maio, mais uma reunião semanal do Heart Team (Time do Coração) do Hospital Ana Nery.

Formada por equipes de cirurgiões cardíacos, anestesistas, cardiologistas clínicos, hemodinamicistas, enfermagem especializada, engenharia clínica e direção médica, o Heart Team tem como foco discutir os casos mais complexos, nos quais a decisão de intervir de forma percutânea ou cirúrgica não está clara.

Nesta terça (3), foram discutidos os casos de quatro homens (com 57, 64, 78 e 83 anos) e duas mulheres (com 42 e 76 anos).

Nas reuniões do Heart Team, cada apresentação é liderada pelo clínico líder da enfermaria, com a apresentação feita pelo residente. Todos podem opinar e, em caso de não haver consenso, o clínico líder pode conduzir de forma orientada pelos melhores interesses do paciente e sua família.

Para casos mais avançados, há a participação da equipe especializada de cuidados proporcionais e paliação.

Além disso, todas as reuniões são registradas e compõem um acervo para pesquisa e consulta de casos complexos conduzidos pelo hospital.

Confira a decisão do caso apresentado na reunião anterior:

  • Mulher de 48 anos. com quadro de dissecção de aorta Stanford A (sem temporalidade definida); apresenta ainda quadro de hipertensão arterial resistente (diagnostico aos 28 anos) – identificada à angio-tomografia sinais sugestivos de estenose de artéria renal esquerda, com níveis pressóricos controlados após otimização terapêutica. Cateterismo (CATE) com lesão grave de descendente anterior (DA), circunflexo (Cx) e coronária direita (CD) ocluída.
    Decisão do Heart Team: Optado por cirurgia de aorta e revascularização miocárdica (RM). Caso mantenha níveis pressóricos elevados no pós-operatório, seguir com angioplastia de artérias renais.
  • Mulher de 77 anos, hipertensa, dislipidêmica, síndrome demencial à esclarecer (Alzheimer em investigação), hiponatremia, gastroenterite aguda em 15/04 (resolvida). Com diagnóstico de IAM SST em 03/2022, apresentando angina instável com dor em repouso em 19/04/2022 durante internamento. CATE triarterial com leitos distais finos além de aterosclerose com lesão em ilíacas, sendo alto risco cirúrgico e anatomia desfavorável.
    Decisão do Heart Team: Optado por seguir com angioplastia (ATC) diante da refratariedade dos sintomas.
  • Homem de 72 anos, hipertenso, diabético, AVC há 6 anos, passado de prostatectomia por CA de próstata, DAC prévia com primeira angioplastia há 18 anos, segunda há 11 anos, terceira e quarta em dezembro de 2021 no HAN. Laudo de relatório de regulação traz história: no dia 18/03/2022 evoluiu com queixa de dor anginosa buscando serviço de emergência sendo liberado <24h. Persistência e intensificação dos sintomas nas últimas semanas, em 29/03/2022 foi internado em emergência com troponina negativa e CK-MB positiva. Regulado para hospital onde fez um episódio de febre (urocultura negativa) secundário à flebite. Eletrocardiograma sem achados agudos (ZEI inferior).
    Decisão do Heart Team: Consensualmente após discussão, decidido por aceitar pedido de angioplastia para tratamento de lesão em descendente anterior (DA).
  • Mulher de 61 anos, hipertensa, dislipidêmica e diabética. Em 07/04/2022 evoluiu com dor torácica, com irradiação para região epigástrica, associada a dispneia, náuseas, sudorese e um episódio de vômito. Evidenciado troponina positiva e eletrocardiograma com isquemia subendocárdica, diagnosticada com quadro de IAMSST. Realizou CATE com DA e coronária direita (CD) ocluídas e circunflexa (Cx) com lesão moderada, porém impressão da equipe cirúrgica de leito da descendente anterior (DA) com enchimento fino da colateral.
    Decisão do Heart Team: Optado por regulação para avaliação clínica e seguir com cirurgia, caso apresente sintomas e risco cirúrgico baixo.